Dedicado a Juvêncio de Arruda. Para quem Belém, pelo abandono, pela incivilidade pública, pela destruição sistemática da esperança de cidadania - embora ele lutasse permanentemente por ela - deixou de ser Santa Maria de Belém do Grão Pará.

 

Às vezes uma canção basta.

 

Traduz a possibilidade de  reagir ao abatimento, ao desalento. 

 

Aí vai ela, na voz de  Mercedes Sosa.

 

 

 

Honrar a vida (Eládia Blazqués)

  

 

¡No!

 

Permanecer y transcurrir

no es perdurar, no es existir

¡Ni honrar la vida!

Hay tantas maneras de no ser,

tanta conciencia sin saber

adormecida…

Merecer la vida no es callar y consentir,

tantas injusticias repetidas…

¡Es una virtud, es dignidad!

Y es la actitud de identidad más definida!

Eso de durar y transcurrir

no nos da derecho a presumir.

Porque no es lo mismo que vivir…

¡Honrar la vida!



¡No! Permanecer y transcurrir

no siempre quiere sugerir

¡Honrar la vida!

Hay tanta pequena vanidad,

en nuestra tonta humanidad

enceguecida.

Merecer la vida es erguirse vertical,

más allá del mal, de las caídas…

Es igual que darle a la verdad,

y a nuestra propia libertad

¡La bienvenida!…

Eso de durar y transcurrir

no nos da derecho a presumir.

Porque no es lo mismo que vivir…

¡Honrar la vida!
 

 

 

 

 

publicado por Adelina Braglia às 01:22 | link do post

 

 

Aproveitando o sucesso da novela das Índias, que dá grande relevo aos costumes, listei alguns da nossa Belíndia. Aí vão:
 
 
1 – se você estiver a dez metros de um raríssimo cesto de lixo, não espere: jogue seu papel de picolé ou lata de cerveja no chão.
 
2 – se você estiver atravessando a rua e vier um veículo qualquer (ônibus, moto, carro, bicicleta), corra, pois ao invés de diminuir a marcha, ele acelera;
 
3 – se for você o condutor do veículo acima, continue acelerando, para ganhar o campeonato de boliche;
 
4 – se chegar a um balcão (padaria, loja do shopping ou baiúca da esquina) não se aborreça: faça de conta que está esperando o metrô até alguém perguntar-lhe – ou não – o que deseja.
 
5 – continue nunca cumprimentando o motorista do ônibus, a atendente da farmácia, o motorista do táxi: todos admiram a sua baixa educação e seu evidente mau humor;
 
6 – não exija troco miúdo nas lojas, mercearias, farmácias, supermercados: pensarão que você é um durango kid;
 
7 – visite vizinhos, amigos, parentes e aderentes sem avisar: respeito à privacidade alheia é coisa de inglês;
 
8 - nas eleições, vote no pior candidato, pois,  no mínimo, ele vai contribuir para que você reveja seus conceitos: tudo sempre pode piorar;
 
9 – aceite sempre a indicação do moço do balcão da farmácia que acha que a receita do seu médico está errada;
 
10 –NUNCA reclame seus direitos em voz alta, em lugar algum. Se fizer isto num  supermercado ou nos bons hospitais da cidade, você será passível de linchamento, com total apoio da platéia do entorno.
 
 

Com a valiosa colaboração de Belenâmbulo, nos comentários, atualizamos hoje, 28 de agosto:

 

1 - Ficar na fila do caixa-rápido do supermercado com a cestinha entulhada com 58 volumes de compras (afinal os caixas são destinados a atender aos portadores da valiosa "cestinha", não importando o quanto ela carregue)


2 - Compartilhar com todos os vizinhos num raio de 100m o seu refinado gosto musical, especialmente nos fins de semana


3 - Estacionar o carro em QUALQUER local, respaldado pela imunidade do pisca-alerta


4 - Dar R$ 1,00 ao cobrador pela passagem que custa R$ 1,70, para ter o direito de descer sem passar pela catraca (ganha tu, ganha eu... quem perde?)


5 - Ganhar tempo no trânsito, trafegando pelo acostamento


6 - Andar de moto sem capacete, protegido pelo cartão telefônico que cobre a placa do veículo


7 - Valorizar o patrimônio regional (depois que ele aparece em noticiário nacional, é claro!)


8 - Coletar as plantas ornamentais dos logradouros públicos


9 - Submeter-se ao pior atendimento do mundo, para frequentar o point do momento


10 - Orgulhar-se de qualquer transgressão em que leve vantagem

 

 

 

Mais uma colaboração nos Comentários  (31 de agosto):

 

Fazer retorno imaginário, numa rua de mão dupla, tomando cuidado, é claro, para não atingir a viatura do cidadão de educação para o trânsito similar a sua...

 

 

 

publicado por Adelina Braglia às 16:55 | link do post

 Temos complexo de Casa Grande. E morar em Belém á assistir a manutenção do poder dos senhores sobre os escravos. Poder mantido, inclusive, pela enorme inveja e admiração que grande parcela dos dominados tem dos dominadores.

 

A comilança, a lambança, a impunidade, são invejadas.

 

Os aniversários infantis, por mais modesta que seja a família, precisam de fausto, de excesso de comidas, que jamais são para as crianças. Maniçobas, vatapás, arroz-de-galinha, e cerveja, muita cerveja, superando os brigadeiros e o bolo, que nunca é cortado e repartido na festa. Depois, magnanimamente, manda-se um pedaço para cada vizinho.

 

Nosso complexo de Casa Grande perpetua o mau hábito, os vícios, as arrogâncias, as prepotências. Se pudermos “canelar” o mais frágil, nós o fazemos. Quase com orgulho cívico. Se pudermos transgredir qualquer lei, norma ou regra, nem que seja a da higiene e bons costumes – jogar o papel do picolé debaixo do banco do ônibus -  nós o fazemos.

 

Uma elite atrasada, desumana, gananciosa e medíocre, é louvada em canto e verso. Invejada, não só pela  senzala, mas, principalmente, pelos pequenos canalhas que volteiam em torno dela. Gostariam tanto de ser como eles! De praticar suas atrocidades, impunes, como anõezinhos do Olimpo!

 

E esse exemplo se perpetua e se dissemina entre os mais frágeis. Abandonados à própria sorte, impedidos de fortalecer suas virtudes, anseiam pelos vícios alheios.

 

Pequena demais nossa alma. Medíocre Casa Grande. Triste senzala.

publicado por Adelina Braglia às 15:01 | link do post

JUVÊNCIO ARRUDA

Conheci o Juvêncio faz menos de um ano. Não houve sequer tempo para chamá-lo de Juca. Lafayette apresentou-me, em um certo fim de tarde de meio de semana, no bar do Ranulfo, colado ao Quem São Eles.

-Juca, este é meu pai, de quem te falei.

Pronto. Virou amigo de infância, de juventude, embora quase vinte anos separassem nossas infância e juventude. Acho que ele levava muito a sério o fato de ser juvêncio. Daí para a Terra do Meio, ficar de bubuia nas águas do Rio Uriboca foi um pulo. E parecia que era frequentador do lugar há vinte, trinta anos. Desde sempre. E haja irreverência, casos e causos.

Fizemos planos e mais planos para o seu Quinta Emenda. Blog, a mídia do futuro, concordávamos. E o futuro chegara. Concordávamos também. No mais, discutíamos e, por vezes discordávamos. Um citadino com extrema sensibilidade cabocla, coisa que eu, cabocão xinguara, buscava, até com impaciência, nos meus amigos urbanos.

Juvêncio, por que não Juca? estava almoçando comigo na maloca à beira do Uriboca. Fora trazido pelo Lafayette, que, sem eu saber, convidara o irmão, André, que é médico. André chegou quando a caldeirada já estava no meio. Abriu uma cerveja e alimentou o papo.

Quando esperávamos a sobremesa, queijo de búfala com doce de cupu e castanha, quase com displicência, pegou os exames do Juvêncio. Ele os levara para isso mesmo, para uma avaliação do André. Pneumologista, pegou logo a radiografia do tórax. Antes que a olhasse contra o sol, Juvêncio ainda brincou:

– e aí, cara, quantos meses ainda tenho de vida?

Acho que só eu notei o tremendo esforço que o André fez para não demonstrar a angústia que sentia.

Sem responder perguntou:

– estás dirigindo?

-  não, vim na carona do Lafa.

– vamos comigo.

Conversamos no caminho. Juvêncio ainda insistiu em perguntar alguma coisa que não me lembro. O Lafayette ficou mudo. Os três, em silêncio, dirigiram-se para os carros estacionados à sombra da mangueira.

A sobremesa chegou. Ninguém comeu. A cerveja esquentou. Fiquei só. Eu e meu rio, com aquele nó na garganta e um sentimento profundo, indefinido, mundiado, que só os cabocos velhos sabem sentir.

Poucos dias depois, não me lembro quantos, o André me telefonou do hospital. Acabara de assinar o atestado de óbito do Juvêncio. Disse duas palavras e calou. Ainda devemos ter ficado um bom tempo com o celular ao ouvido. Nada mais havia a dizer ou a perguntar.

Requiescant in pace, camarada.

 

André Costa Nunes
andré@terradomeio.com.br
 

 

publicado por Adelina Braglia às 16:46 | link do post

 Ao saber do falecimento do nosso querido Juca, o amigo de longas datas, Padre Cláudio, pediu-nos para realizar uma das últimas homenagens a este maravilhoso ser que ao longo da vida conquistou tantas amizades, vários apelidos e lugares. Dessa homenagem participa com dedicação e carinho, Vera Arruda, amiga de Juvêncio, e parceira no trabalho e na fé de Padre Claúdio.

Tal homenagem será a missa de 30° dia de falecimento do Juva, que acontece nesta quinta-feira (13 de agosto), na Igreja do Rosário da Campina às 18h30.
Felizes e agradecidos por termos vivido ao lado dele, convidamos os amigos para lembrarmos, unidos, o 30º dia da chegada do Juca à sua nova morada.
 
Marise, Joyce, Lívia, Lygia e Lucas. Dodó, Angêla e Vicente. Silvia, Márcio, Marina e Luiza. Mirtes e Wilson Morbach. Marcelo Dias.
 
Dia: 13 de agosto (quinta-feira)
Local: Igreja do Rosário da Campina (Padre Prudêncio com Aristides Lobo, Comércio)
Horário: 18h30
Celebrante: Padre Cláudio
 
 
(Texto e foto: Quinta Emenda)

publicado por Adelina Braglia às 20:38 | link do post

 Após uma curta duração, quando a Praça Felipe Patroni e adjacências voltaram a ser uma praça e algumas ruas, os carros tomaram conta novamente do espaço público.

 

Carros oficiais e outros nem tanto, dominam a praça e as ruas do entorno. Ali é difícil circular a pé ou motorizado.

 

Curioso é observar que os que estacionam em fila dupla, tripla e quádrupla são servidores dos três poderes ali instalados: Executivo Municipal, Judiciário e Legislativo.

 

Quem quer que estranhe tanta desfaçatez e péssimo exemplo, que vá reclamar ao bispo, já que a Sé é ali pertinho. 

 

 

PSantes que alguém se ofenda, Mestre Aurélio define esbórnia como orgia. E é isso mesmo que vivemos nesta Nova Déli: orgia, no sentido figurado do mesmo Mestre, desordem, tumulto, anarquia.

publicado por Adelina Braglia às 07:03 | link do post

 

 

Uma cadeira plástica encostada no muro do Bosque Rodrigues Alves é o posto de fiscalização da Empresa de ônibus Dom Manoel. Misturada aos carrinhos de comida, banca de DVD e passageiros.
 
Em frente ao improvisado guichê de fiscalização, do outro lado da avenida Lomas Valentinas, o Posto e Loja Invencível apropria-se diariamente do espaço público, transformando-o em estacionamento privado.
 
Um motociclista, sem capacete e com uma sandália havaiana dois números menores que seu pé, cruza impune e impavidamente três importantes avenidas, a Senador Lemos, a Doca de Souza Franco e o Boulevard Castilhos França, até estacionar garbosamente na porta do Mercado de Peixe.
 
O que significam estas cenas? Nada. Apenas cenas de uma cidade institucionalmente, privadamente e publicamente consumida.
publicado por Adelina Braglia às 10:08 | link do post

 

 

"...Já não te amo mais, cidade minha. Não faz
sentido o amor, quando cegos conduzem
cegos, quando o pássaro perde o canto,
e tudo se precipita para lugar nenhum...."

 

(Ao largo - Ademir Braz)

publicado por Adelina Braglia às 09:29 | link do post

 

Nas calçadas desertas de julho,
no domingo à tarde,
nas ruas da velha Cidade Velha,
cachorros sem dono
acompanham crianças idem,
e ainda que um lar seja mais do que casa e comida,
acho que se satisfariam apenas com isto,
os cachorros e as crianças.
 
Uma fila indiana de crianças e cães,
na indiana Nova Delhi do Grão Pará
enfeita a paisagem surreal.
Paira no ar uma alegria quase insana (*)
nessa compartilhada solidariedade
da caminhada de cachorros sem dono
e crianças sem lar.

 

(*) desde que coloquei este post, algo me incomoda. E agora, subitamente, descubro a sensação de plágio. Este verso lembra Sidônio Muralha "...paira no ar um ódio eletrizado e sobre cada prédio paira e plana, Lincoln que quis a vida mais humana, quantas vezes será assassinado?"

Amém.

(04.08.2009)

publicado por Adelina Braglia às 17:04 | link do post

 

Do mirante da janela do ônibus, vejo uma cidade esfacelada. Muito, muito distante daquilo que um dia foi e, mais ainda, do que poderia ser Santa Maria de Belém do Grão Pará.
 
Não são mais as sombras das mangueiras ou os sabores diferenciados das nossas frutas e sucos e sorvetes a griffe que abre as portas da nossa cidade. Talvez isto ainda exista no imaginário do turista, mas não mais para nós, habitantes dos destroços daquilo que queríamos para Belém.
 
São quase seis da tarde e nas avenidas e ruas por onde passo, cada um toma pra si um pedaço do espólio. Sejam os espigões que agora brotam do chão como sementes , ou os carros de churrasquinhos e lanches, bares, botequins e restaurantes na apropriação do espaço público. E, pouco importa à ganância - pequena e “justificável”, grande e criminosa - se o edifício tomará de vez de todos a ventilação necessária à sobrevivência da cidade ou se o lixo amontoa-se próximo às cadeiras ou às mesas onde vão nos servir. A barbárie cotidiana nos faz cada vez menos exigentes. E mais selvagens.
 
Bicicletas e motos andam na contramão. O motorista do ônibus, ensandecido pelo calor ou pelo cansaço – ou apenas porque considera que também tem direito à transgressão pública e institucional - atravessa o farol no vermelho.
 
Nos trechos de quarteirão onde há apenas casas, a frente de algumas está tomada pelo mato ou pelo capim alto, como a esperar que o poder público faça sua obrigação! Sim porque nós também somos bárbaros. O espaço público é meu se me traz vantagens. É do poder público se dele acho que nada usufruo.
 
Quando chego em casa  percebo que a Prefeitura recomeçou a destruição da 25 de setembro. Em breve teremos uma filial da Duque. Árida, brega e veloz! Talvez, moderna, na concepção do Átila e da sua entourage que nos desgovernam.
 
Alimentamo-nos das entranhas de uma cidade sem dono, sem poder instituído, salvo para os que se locupletam do recurso público. Só aí Belém tem dono. Só que, parodiando o poeta, Belém não há mais. Restou-nos Nova Déli, seus bárbaros e seu Chefete.
 
A concepção de cidadania está hoje diluída entre a ausência de limites públicos e privados e a omissão daqueles que ainda que  aterrorizados com o futuro que nos ameaça como metrópole autofágica,  poupam-se da batalha ou constroem rotas de fuga, como eu.  Nosso silêncio, nossa impossibilidade real ou subjetiva de sermos generosos e solidários numa luta pela reconstrução do direito de ter uma cidade para viver,  faz com que mereçamos o poema da Kaváfis:
 
“O que esperamos na ágora reunidos?
  É que os bárbaros chegam hoje.

Por que tanta apatia no senado?
Os senadores não legislam mais?

      É que os bárbaros chegam hoje.
      Que leis hão de fazer os senadores?
      Os bárbaros que chegam as farão.

Por que o imperador se ergueu tão cedo
e de coroa solene se assentou
em seu trono, à porta magna da cidade?

      É que os bárbaros chegam hoje.
      O nosso imperador conta saudar
      o chefe deles. Tem pronto para dar-lhe
      um pergaminho no qual estão escritos
      muitos nomes e títulos.

Por que hoje os dois cônsules e os pretores
usam togas de púrpura, bordadas,
e pulseiras com grandes ametistas
e anéis com tais brilhantes e esmeraldas?
Por que hoje empunham bastões tão preciosos
de ouro e prata finamente cravejados?

      É que os bárbaros chegam hoje,
      tais coisas os deslumbram.

Por que não vêm os dignos oradores
derramar o seu verbo como sempre?

      É que os bárbaros chegam hoje
      e aborrecem arengas, eloqüências.

Por que subitamente esta inquietude?
(Que seriedade nas fisionomias!)
Por que tão rápido as ruas se esvaziam
e todos voltam para casa preocupados?

      Porque é já noite, os bárbaros não vêm
      e gente recém-chegada das fronteiras
      diz que não há mais bárbaros.

Sem bárbaros o que será de nós?
Ah! eles eram uma solução.”

(À Espera dos Bárbaros -  Konstantinos Kaváfis)
publicado por Adelina Braglia às 11:19 | link do post
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